ROI da manutenção preditiva: demonstrando valor econômico para gestores

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Conquistar a eficiência operacional no seu ambiente de trabalho, pode ser uma tarefa desafiadora. Mas, através de processos como a manutenção preditiva, é possível aumentar a produtividade e reduzir gastos com procedimentos complexos de restauração e reposição de equipamentos.

Em um ambiente onde cada minuto de tempo de inatividade não planejado pode resultar em perdas significativas, as empresas estão buscando maneiras inovadoras de otimizar a manutenção de seus equipamentos. Nesse cenário, a manutenção preditiva surge como ferramenta poderosa, oferecendo uma abordagem proativa e baseada em dados para a gestão de recursos.

Hoje, vamos entender mais sobre o conceito de ROI (Retorno sobre Investimento) nesse processo. Para isso, analisaremos os diversos aspectos que compõem esse retorno, desde a implementação inicial até os benefícios a longo prazo, e forneceremos uma visão ampla sobre como a sua empresa pode aumentar o seu potencial competitivo, através dos cuidados com equipamentos.

O que é a manutenção preditiva? E como ela se aplica na rotina de indústrias?

Vamos voltar alguns passos antes de nos aprofundarmos no assunto. Afinal, o que é a manutenção preditiva?

Esse processo consiste em uma abordagem de manutenção que utiliza dados e tecnologia para prever falhas em equipamentos e realizar intervenções corretivas antes que ocorram danos significativos.

Desse modo, em vez de seguir um cronograma de manutenção predefinido, os profissionais responsáveis devem monitorar continuamente o desempenho dos equipamentos em tempo real. Assim, identificando sinais de deterioração ou anomalias que possam indicar uma falha iminente.

Sem sombra de dúvidas, esse é um processo muito importante para inúmeros segmentos industriais. Afinal, ele oferece a capacidade de reduzir custos operacionais, minimizar o tempo de inatividade não planejado, além de aumentar a vida útil dos ativos e melhorar a segurança do pessoal e dos equipamentos.

Por isso, ao adotar uma abordagem proativa e baseada em dados para a gestão de ativos, os gestores de diversas áreas podem maximizar a eficiência operacional e otimizar o desempenho de seu time e, também dos equipamentos. Dessa forma, resultando em uma vantagem competitiva significativa.

Ferramentas e técnicas de manutenção preditiva

Atualmente, o mercado conta com uma infinidade de métodos para estabelecer uma rotina de manutenção preditiva. Mas, sem sombra de dúvidas, algumas técnicas se destacam nesse cenário.

Para te mostrar como o mercado se adapta e desenvolve ferramentas que potencializam resultados, revelamos algumas das principais técnicas presentes no processo contínuo de manutenção.

É importante tem em mente que: cada um desses recursos é aplicado em situações específicas. Desse modo, uma análise detalhada é fundamental para um plano de manutenção preditiva que funcione e abranja todas as áreas da sua empresa.

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Análise de vibração

A análise de vibração é uma técnica que, como o próprio nome diz, monitora a vibração de máquinas e equipamentos para identificar irregularidades, desalinhamentos, folgas ou desgastes em componentes mecânicos.

Desse modo, ela permite a detecção precoce de falhas em rolamentos, engrenagens e outros elementos rotativos, ajudando a evitar danos significativos e reduzir o tempo de inatividade.

Termografia infravermelha

A termografia infravermelha é uma técnica que faz uso de câmeras térmicas para mensurar a radiação térmica emitida por equipamentos. Assim, é possível identificar pontos quentes ou frios que podem indicar problemas como superaquecimento, falhas elétricas, vazamentos de vapor, entre outros.

Como vimos anteriormente, algumas técnicas são mais utilizadas em determinados segmentos. Esse é o caso da termografia infravermelha, afinal, essa técnica é particularmente útil para inspeções em sistemas elétricos e mecânicos.

Análise de óleo lubrificante

Mesmo as tarefas mais simples devem ser tratadas com extremo cuidado quando o assunto é a manutenção preditiva. A análise de óleo lubrificante, por exemplo, não pode ficar de fora do seu planejamento.

Esse processo envolve a monitorização das propriedades físico-químicas e das impurezas presentes no óleo das máquinas da sua empresa.

Através de uma simples análise, é possível identificar contaminações, desgastes anormais, e até mesmo a presença de partículas metálicas, indicando a necessidade de manutenção ou substituição de componentes antes que ocorram falhas graves.

Análise de corrente elétrica

Outro ponto que não pode ficar de fora do seu plano de manutenção preditiva, é a análise de corrente elétrica. Com processos simples, você pode examinar os padrões de corrente elétrica em equipamentos para detectar anomalias que possam indicar problemas como sobrecarga, desequilíbrio de fases, mau contato, entre outros.

Para além de falhas operacionais, esse processo é importante para reduzir o risco de incêndios e acidentes que possam afetar não só o equipamento, mas a empresa como um todo.

Inspeção visual

Por fim, mas não menos importante, temos a inspeção visual que pode envolver o uso de câmeras e drones para realizar análises em áreas de difícil acesso. Assim, os técnicos podem examinar equipamentos e estruturas de forma não intrusiva, identificando danos, corrosão, vazamentos e outras anomalias sem a necessidade de desligamento ou desmontagem.

Como saber se você está no caminho certo?

Como vimos, é preciso entender a situação da sua empresa e os processos realizados, para definir um caminho. Mas, será que você está indo na direção certa? A resposta para essa pergunta pode depender de alguns fatores. Dessa forma, precisamos averiguar o retorno que os investimentos em manutenção estão gerando.

Para isso, podemos utilizar algumas métricas que devem se tornar comuns no seu dia a dia. As métricas de desempenho e o cálculo de ROI (Retorno sobre Investimento) desempenham um papel crucial na avaliação do sucesso e eficácia da implementação da manutenção preditiva. Confira algumas delas!

Tempo Médio entre Falhas (MTBF)

O MTBF é uma métrica que mede o tempo médio que um equipamento opera sem apresentar falhas. Assim, quanto maior o MTBF, melhor o desempenho do equipamento e mais confiável é sua operação.

Tempo Médio para Reparo (MTTR)

Já o MTTR representa o tempo médio necessário para reparar um equipamento após uma falha. Dessa forma, um MTTR baixo indica uma capacidade eficaz de resposta às falhas, minimizando o tempo de inatividade não planejado.

Taxa de Eficiência Global do Equipamento (OEE)

O OEE é uma métrica abrangente que mede a eficiência global de um equipamento, considerando fatores como disponibilidade, desempenho e qualidade. Ele fornece uma visão ampla do desempenho operacional e ajuda a identificar oportunidades de melhoria.

Índice de disponibilidade

Por último, temos o índice de disponibilidade que indica a proporção do período que um equipamento está disponível para operação em relação ao tempo total. Uma alta taxa de disponibilidade é resultado de uma manutenção eficaz e uma gestão adequada dos ativos.

Cálculo de ROI na manutenção preditiva

Uma das métricas mais importantes para entender de fato se sua estratégia de manutenção preditiva está apresentando resultados, é o ROI. Esse cálculo envolve a comparação dos benefícios obtidos com os custos associados à implementação e operação do sistema. Para isso, precisamos seguir alguns passos importantes, como:

  • Identificação dos custos iniciais;
  • Estimativa dos benefícios tangíveis (economia no custo de manutenção corretiva, redução de tempo de inatividade, otimização do uso de materiais, entre outros.);
  • Quantificação dos benefícios intangíveis (mais segurança, reputação de marca, conformidade regulatória etc.).

Como calcular o ROI na manutenção preditiva?

Se você tiver uma forma fácil de visualizar as métricas que citamos anteriormente, o cálculo do ROI pode ser bem simples. Afinal, ele é calculado pela fórmula:

ROI = (Benefícios Líquidos – Custos Iniciais) / Custos Iniciais

Assim, é possível determinar uma medida quantitativa do retorno financeiro obtido com o investimento em manutenção preditiva.

A avaliação contínua do ROI permite que as empresas monitorem o desempenho de suas iniciativas de manutenção preditiva, identifiquem áreas de melhoria e garantam que os investimentos estejam alinhados com os objetivos estratégicos da organização.

Quer aprender mais formas de garantir alta produtividade e segurança para seus equipamentos? O blog da Sudeste está recheado de conteúdo completos para te ajudar nessa missão.

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